quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Consciência, o que é?


E depois de tantos anos, enfim, resolvi escrever.

Já são 16h25min, é uma tardizinha de chuva, estou só. Ficar só é bom para pensarmos na vida, no que fizemos se realmente fizemos ou não a coisa certa durante esse percurso. De tomarmos consciência de nossas atitudes. De modo geral, consciência significa o pensar com, compreender com. Dentro da teoria moral, consciência é uma função que permite ao ser humano distinguir entre o que é bom e o que é mal. Nesse sentido, a consciência é, a todo o momento, provocada por interações maiores que ela. Quando a consciência nos fala mais alto, antes de qualquer ato feito, opa! Já é um ótimo sinal. Para o arrependimento, por exemplo. Quando a consciência nos fala bem alto sobre certa atitude que tivemos e nos leva a rever simetricamente o feito. Depois que cometes um erro e tens consciência dele. Outro dia, conversando com a minha avó, ela me falou uma palavra que não me saia da cabeça. “Consciência Moral”. Fiquei por dias matutando a tal palavrinha que a minha avó adorava dizer a todos que ela conversava. O engraçado, é que eu fui pesquisar do que se tratava. E então descobri. Origem etimológica em “cum” e “scientia” de significado, dar-se conta (é basicamente o que disse no início do post). A consciência que o indivíduo tem de si mesmo dá-lhe capacidade de julgar ações, rotulando-as como corretas ou não. Se todos nós, nos perguntássemos antes de qualquer atitude, se é certo e se realmente vale a pena o fazer ou não, com certeza o mundo não estaria tão putrificado.ter noção do que fazemos é o mais sensato. Ter noção das coisas, sabendo julgar e avaliar de modo consciente e lógico. A capacidade de julgar as suas ações, decidindo, se é correta ou não, escolhendo o seu caminho na vida, isso é a consciência moral. A liberdade e a consciência estão intimamente relacionadas.
E o que seria a consciência humana?
É claro que a noção abstrata de consciência é das mais difíceis idéias que há a definir. A idéia de consciência é diferente  por excelência, ou seja, é sempre um resultado que dura pouco, mas renovável, a cada  segundo, de duas coisas em mesmo tempo. Ou seja, a definição ainda é controversa. Conforme nota Hamilton, a consciência não pode ser definida: nós podemos estar totalmente cientes do que ela é, mas não podemos transmitir para os outros uma definição sem confusão daquilo que sabemos claramente. A razão é simples: a consciência está na raiz de todo o conhecimento.
Ou conforme outra citação do Lalande O que nós somos cada vez menos quando caímos num sono sem sonhos, o que somos cada vez mais quando um ruído nos desperta aos poucos. A isso se chama consciência.
A consciência faz a transposição da percepção em estado bruto para a atenção daquilo que chamamos "eu".


Postado por: Isadora Lisboa.